Adequação ambiental de sistemas de produção da agricultura familiar no Paraná: paradigma para a agregação de qualidade e renda

A obrigatoriedade a que está submetida a propriedade rural através da legislação ambiental, configurada principalmente em Área de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal (RL) , colocam as propriedades rurais em situação de passivo ambiental que necessita ser equacionado. Em que pese a prioridade dos órgãos fiscalizadores ser a demarcação e implantação da APP e RL, é de se considerar, no caso da RL, o seu uso futuro, e, assim, a sua implantação deve ser planejada e executada para tal.
A sustentabilidade da produção animal de grande porte é ameaçada pela característica intrínseca aos atuais sistemas de produção, baseados num reduzidíssimo número de forrageiras, invariavelmente em monocultivos, que trazem em si mesmos a degradação. A integração de pastagens com árvores pode corroborar para evitar a degradação dessas pastagens.
A introdução do componente florestal nos sistemas de produção da agricultura familiar é mais do que adequação legal das propriedades rurais para a superação de passivos ambientais, é também agregação de “valor ambiental” e renda para as unidades produtivas.
Além de atualização técnica direta de 30 extensionista, o projeto prevê a co-geração de informações regionalizadas através da implementação de unidades de referência tecnológica em 15 propriedades, o que permitirá aos extensionistas segurança técnica para a difusão da arborização de pastagens e das estratégias de reabilitação de áreas de matas ciliares e de reserva legal nas propriedades rurais, bem como para o questionamento da tecnologia constituindo, assim, uma estratégia para a realimentação da pesquisa.

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