Espécies Afins

O gênero Apuleia Martius apresenta apenas uma espécie, largamente dispersa na América do Sul: no nordeste do Peru ao norte da Argentina (Lewis, 1987). Porém, Heringer & Ferreira (1973) consideram o gênero com duas espécies e uma larga área de dispersão, sendo encontrado em todos os estados do Brasil, aparecendo ainda na Venezuela, Peru, Argentina e Paraguai. As duas espécies, de acordo com todos os botânicos que as estudaram, são muito semelhantes. Rizzini (1971) analisou-as, e não encontrando na morfologia externa diferenças que justificassem a existência de duas entidades, achou prudente considerar uma única espécie - Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr. - e uma variedade, Apuleia leiocarpa var. molaris (Spr.) Koeppen. Segundo Heringer & Ferreira (1973), Apuleia molaris tem sua área de ocorrência até os limites com o Paraná, onde existiu uma barreira que separou as duas espécies.

Apuleia molaris Spruce ex Benth. ou Apuleia leiocarpa var. molaris (Spruce ex Bentham) Koeppen ocorre no Brasil, no Acre, em Goiás, no Maranhão, em Mato Grosso, no norte e sudeste de Minas Gerais, no Pará, em Rondônia e no Distrito Federal, onde é denominada muirajuba, barajuba e amarelão. Há citações de ocorrência na Chapada Diamantina na Bahia (Pinto et al., 1990) e na Região Sul (Rizzini & Mattos Filho, 1974).

Principais Diferenças entre Apuleia leiocarpa e A. molaris (Heringer & Ferreira, 1973):

Apuleia leiocarpa

Apuleia molaris

Fruto com 150 a 290 mg de peso, comprimento de 4 a 5 cm, largura de 1,5 a 2 cm, indumento quando novo, e glabro quando velho

Fruto com 350 a 700 mg de peso, comprimento de 6 a 7 cm, largura de 2,3 a 3 cm, e indumento rufo-dourado brilhante permanente

Cimeira com 25 a 35 flores

Cimeira com dez a 20 flores

Ovário longamente estipitado

Ovário curtamente estipitado

Sementes: freqüentemente uma

Sementes: freqüentemente três