Aspectos Ecológicos

Grupo sucessional: espécie secundária inicial (Durigan & Nogueira, 1990; Vaccaro et al., 1999). Porém, comporta-se comumente como espécie pioneira.

Características sociológicas: a capororoca representa papel muito importante na vegetação secundária, tornando-se uma das espécies dominantes nas capoerinhas, capoeiras e capoeirões, sendo mais rara na floresta primária. A alta densidade em florestas secundárias, com predominância em determinados estágios da sucessão secundária, forma os Rapanietum (Klein, 1979/1980). A capororoca invade também as áreas abandonadas pela agricultura e pastagem, caracterizando-se por ser uma das primeiras espécies arbóreas a ocupar esses ambientes. É menos longeva do que o capororocão (Myrsine umbellata).

Regiões fitoecológicas: Myrsine ferruginea é encontrada naturalmente, sobretudo na Floresta Ombrofila Mista (Floresta com Araucária), sendo comum nas associações secundárias; na Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), nas formações Submontana, Montana e Altomontana/Montana (Roderjan, 1994; Oliveira et al., 2000); na Floresta Estacional Semidecidual, nas formações Ciliar e Submontana, onde ocupa o estrato dominado (Roderjan, 1990); na Floresta Estacional Decidual Baixo-Montana e Montana (Tabarelli, 1992; Vaccaro et al., 1999); e na Restinga (Mantovani, 1992). Esta espécie ocorre também no Cerradão (Brandão & Gavilanes, 1992; Durigan et al., 1999) e nos encraves vegetacionais na Região Central da Bahia, onde ocorre esporadicamente (Rizzini, 1976; Pinto et al., 1990). Fora do Brasil, ocorre na Bolívia, no Bosque semidecíduo tucumano-boliviano (Killean et al., 1993).