Produtos e utilizações
São apresentados os principais usos das espécies, como:
Madeira serrada e roliça: são apresentados todos os tipos de usos encontrados na literatura.
Energia: lenha e carvão; indica-se a forma, qualidade, poder calorífico e conteúdo de cinzas da madeira, quando disponível. Indica-se a possibilidade de fabricação de carvão.
Celulose e papel: comenta-se se a espécie é adequada ou inadequada. Geralmente, espécies com mea superior a 0,60 g/cm3 e de coloração escura, são inadequadas. Quando disponível, apresentam-se dados complementares, tais como comprimento de fibra e teor de lignina.
Outros produtos
São apresentados os produtos particulares a cada espécie e aplicações industriais diversas: adubo, bebida ("vinho"), cera, corante, exsudatos, fibras, goma, inseticida, mucilagens, paina, perfume, resina, sabão, saponina, súber, tintas e vernizes.
Alcalóides: os alcalóides formam um grupo heterogêneo, de substâncias orgânicas, definido pela função amina, raramente amida, que dá a seus constituintes propriedades químicas próprias, as quais se aliam uma toxicidade elevada e, muitas vezes, uma atividade farmacológica notável.
Óleos essenciais: os óleos essenciais são componentes vegetais que são extremamente voláteis, dificilmente solúveis em água, e possuem odor intenso, sendo, algumas vezes, desagradável. Os óleos essenciais são formados por diversas substâncias podendo chegar até 50 componentes.
Óleo-resina: a óleo-resina é uma solução natural de resina dissolvida em óleo essencial. A fração de óleo essencial é composta basicamente de sesquiterpenos e a fração resina de ácidos diterpênicos. Óleo-resinas obtidas por incisão do tronco de árvores do gênero Copaifera, sub-família Caesalpinioideae, família Fabaceae, são denominados de óleo de copaíba na Amazônia e utilizados na medicina popular como cicatrizante, antiséptico e antiinflamatório.
Substâncias tanantes: os taninos são componentes vegetais que possuem a propriedade de precipitar as proteínas da pele e das mucosas, transformando-as em substâncias insolúveis.
Outros usos
· Alimentação humana: aproveitamento nutritivo (frutas e sementes), usos em condimentos ou especiaria e alimentação para a fauna.
· Apícola: usada em apicultura como espécie melífera, produzindo pólen ou nectar (Carvalho, 2000).
· Artesanato: produtos extraídos de várias partes da árvore, como cinzeiros (Zeyheria tuberculosa), cachimbos (Cariniana spp.), peças torneadas (Dalbergia brasiliensis), barricas para armazenamento de aguardente (Ocotea odorifera), e outros.
· Medicinal: uso e indicações terapêuticas da medicina popular para o tratamento de doenças ou sintomas citados.
· Paisagístico: utilidade ornamental, paisagística e interesse turístico, de lazer ou jardinagem. Esse sub-tópico procura fornecer subsídios aos órgão de planejamento municipais e profissionais do setor, quanto à importância e viabilidade de emprego de essências nativas utilizadas na arborização urbana e para programas ornamentais paisagísticos (Carvalho, 1999).
· Reflorestamento para recuperação ambiental: mencionam-se recomendações das espécies descritas em revegetação, reposição de mata ciliar, reflorestamentos heterogêneos, recuperação de áreas degradadas, reabilitação em áreas de mineração, e outros aspectos. Os processo de revegetação podem utilizar duas técnicas distintas: restauração e reabilitação. Segundo Jesus (1994), o termo restauração refere-se ao conjunto de tratamentos que visam recuperar a forma original do ecossistema, ou seja, a sua estrutura original, dinâmica e interações biológicas. Ela é geralmente recomendada para ecossistemas raros e ameaçados e demandam mais tempo e resulta em maiores custos. Por sua vez, reabilitação diz respeito a tratamentos que buscam a recuperação de uma ou mais funções do ecossistema, que podem ser basicamente econômica e/ou ambiental.